Na Jornada de Agroecologia, Zumbi encontrou o MST
O
Território Litoral Sul sediou entre o dia 26 de novembro à 1º de
dezembro de 2012 , a I Jornada de Agroecologia da Bahia, no
Assentamento Terra Vista, na cidade de Arataca, Bahia. O evento teve
como tema central “Agroecologia: uma proposta de soberania do
território baiano”, reuniu diferentes povos de comunidades
tradicionais da Bahia para a troca de saberes e de conhecimentos
sobre Agroecologia: indígenas, quilombolas, assentados,
agricultores, ativistas diversos, estudantes.
O
evento teve como objetivo proporcionar um espaço para a reflexão
sobre a agroecologia e o desenvolvimento sustentável dos povos e
comunidades tradicionais do território baiano. Para isto, uma
programação especial foi cuidadosamente executada para troca de
saberes entre diversos segmentos de saberes, aprendizados práticos,
construção de uma avaliação e definição de encaminhamentos
sobre a Prática Agroecológica no Estado.
Mística de Abertura da Jornada
Seria
impossível conseguir expressar o que vivemos no Assentamento Terra
Vista nesta I Jornada de Agroecologia da Bahia. As dificuldades
anteriores pareceram necessárias para a construção daquela
atmosfera formada pela nossa gente, pela energia e trabalho de tod@s
que lá estavam e que colaboraram das suas bases de atuação para
que aquela semana especial acontecesse.
Tivemos
a oportunidade de vivenciar saberes indígenas, quilombolas,
campesinos, sagrados, femininos, da natureza, do coletivo, das
trocas, das lutas, de nossa gente brasileira. Diante de nossas
diferenças, encontramos respostas para nossas semelhantes
dificuldades e conseguimos reconhecer que juntos temos soluções
viáveis e que, caso não tenhamos apoio governamental como
gostaríamos, assim mesmo temos a nossa força para fazer acontecer.
Todavia, foi importante perceber que temos alguns d@s noss@s também
atuando no Estado (mesmo que poucos) e alguns desses com suas
colaborações nos fazem crer que ainda podemos confiar e dar as mãos
para construir o mundo que desejamos. Assim mesmo, temos que
reaprender a fazer sem apoio, sem burocratizar tanto e acredito que
vivenciamos isso da melhor forma possível.
O
espaço da Jornada nos fez perceber o quanto é importante estarmos
juntos e colaborativos na luta de melhoria de nossas comunidades. O
Universo Criador com Toda sua amorosidade nos proporcionou um espaço
de convivência intenso, fluídico e que nos mostra que existe uma
transformação maior acontecendo e que somos tod@s gotas importantes
no processo, mas que sozinh@s, somos somente mais um tentando, porém
juntos, somos muitos fazendo acontecer.
Casa do Boneco realizou importante contribuição na Jornada, além das atividades culturais, um importante debate sobre educação popular , racismo foi travado, além de demarcar a perspectiva cultural na concepção agroecológica
Como consequência do evento, nasce uma Rede de Agroecologia que fará da Jornada uma disposição permanente de luta, encontros, trocas, compartilhamento de práticas e fortalecimento conjunto.
Say Adinkra e Mayne Santos
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