21/06/2023

Anote aí em sua agenda!

 



Vem aí o Canjerê Cultural 2023, nosso circuito anual de eventos e mobilização da nossa rede de parceiros em preparação para o XXII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas. Esse ano, os canjerês vão acontecer nos meses de julho e agosto, nas cidades de Salvador, Itacaré, Cachoeira e Santo Amaro. Cada localidade irá contar com uma programação própria, que envolve oficinas, feira de afroempreendedorismo e baile cultural, se liga nas datas:


07 e 08/07 Salvador

28 a 30/07 Itacaré

10 e 11/08 Cachoeira

18 e 19/08 Santo Amaro


O Canjerê Cultural é um evento itinerante voltado para a divulgação e difusão da cultura afro pindorâmica, organizado de forma autônoma pela Casa do Boneco-Quilombo D’Oiti em articulação com uma vasta rede de coletivos e organizações parceiras. Realizado desde 2012, o Canjerê se consolidou como um espaço de produção cultural comunitária que aglutina diversas expressões artístico-culturais (dança, música, audiovisual, cultura hip hop, artes visuais, gastronomia). 


As ações se desenvolvem de forma multi territorial e de maneira colaborativa, promovendo intercâmbio de práticas e saberes entre os núcleos de coletivos, seguindo nosso método de trabalho comunitário organizativo. O objetivo também é de ampliação da divulgação e das mobilizações para o Caruru de Ibeji e as Pedagogingas, visto que os canjerês também visam levantar recursos para somar na construção do grande encontro anual promovido pela CBI. 


Acompanhe nossas redes sociais para ficar por dentro das programações, e se organize para participar! 


SERVIÇO:


O QUÊ: Canjerê Cultural 2023

QUANDO: Julho e agosto de 2023

ONDE: Salvador, Itacaré, Cachoeira e Santo Amaro

CONTATO: (73)9 8879-1015

20/06/2023

XXII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas

 

Entre os dias 04 e 08 de outubro de 2023 acontecerá em Itacaré-BA o XXII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas, encontro anual de cultura afro pindorâmica e organização política comunitária realizado pela Casa do Boneco - Quilombo D’Oiti. Com o tema ‘‘Obirin em Diáspora’’, o objetivo deste ano é discutir o que é ser afrodiaspórico, a partir de uma perspectiva das mulheres pretas, em seus diversos segmentos, sob a referência das nossas matriarcas e sociedades tradicionais.


O tema nasce de um diálogo coletivo e permanente sobre o significado  de sermos africanos em diáspora, e quais os parâmetros para se estabelecer um modo de vida afrodiaspórico, dentro de um sistema de dominação supremacista branko. A opressão racial que atinge o povo negro a nível mundial, produz violências e políticas de morte que nos submetem enquanto povo, recai sob as mulheres, em específico, com o peso dos vários atravessamentos de um mundo racista e cisheteropatriarcal. 


Em contraponto às sociedades tradicionais africanas e pindorâmicas, que têm a mulher como uma figura central para a existência e a manutenção da comunidade/povo, que estabeleceram sistemas de organização social matriarcais e matrilineares, o mundo ocidental patriarcal violenta e objetifica as mulheres das mais diversas formas, como podemos observar nos altos índices de violência doméstica e feminicídio, de violência médica e obstétrica, na desigualdade de acesso à trabalho e renda, nas diversas formas de adoecimento, sem falar na desestruturação histórica das famílias negras, que impacta diretamente a vida das mulheres. 


Nessa perspectiva, o objetivo é discutirmos o cenário em que nos encontramos enquanto povo, quais medidas precisam ser tomadas para a resolução desses problemas, e o que já vem sendo desenvolvido em diferentes segmentos:  saúde, segurança física, territorial, alimentar, mobilidade, cultura, ancestralidade e saberes tradicionais, em contraponto à realidade imposta pela supremacia branka. Falar de Obirin em Diáspora é falar de comunidade negra, visto que a mulher é uma figura central que gera, gesta, nutre, move e é movida por todas essas estruturas, e portanto, cuidar das demandas levantadas por elas, nos mais diversos segmentos, é cuidar de toda a comunidade!


As pedagogingas são esses espaços de troca e de aprendizagem em forma de vivência, proporcionado pela Casa do Boneco em conjunto com uma vasta rede de coletivos e organizações parceiras. Durante o evento, acontecem oficinas, djumbais (rodas de conversa), intervenções artísticas, das mais diversas linguagens, formatos e expressões das culturas afro pindorâmicas. É também um espaço de organização política comunitária, de ampliação e do fortalecimento de vínculos, de reafirmação de compromissos com a resistência preta, e de celebração da nossa ancestralidade. O evento culmina na celebração religiosa do Caruru de Ibeji, ofertado aos orixás-criança em agradecimento por mais um ano de vida e de resistência, com pedidos de proteção, saúde, prosperidade e com a certeza da continuidade que se dá através das crianças. 


O encontro acontece na Fazenda Modelo Quilombo D’Oiti, em Itacaré-BA, e dispõe de diversas modalidades de participação, tanto para comunidade envolvida quanto para os visitantes. É necessário preencher um formulário e pagar uma taxa de inscrição, para colaborar com o custeio do evento, que é realizado de forma autônoma. Há também um ônibus organizado pelo evento para trazer os participantes, na rota Salvador  x Itacaré ( via BR101 ), com vagas disponíveis para venda. Para mais informações, entre em contato pelo email caruru.pedagogingas@gmail.com ou pelo whatsapp (73)9 8879-1015 . 



SERVIÇO

O QUÊ: XXII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas

QUANDO: De 04 a 08 de outubro de 2023

ONDE: Fazenda Modelo Quilombo D’Oiti (Itacaré-BA)

CONTATO:
(73)9 8879-1015