12/10/2014

Oficina de Toques de Xirê, com o Alabê Dito

A oficina de toques e cantos de xirê sintetiza na essência a temática do XIII Caruru de Ibeji e as Pedagogingas: Tambor e Ancestralidade. O tambor está diretamente ligado às tradições afro-brasileiras, para além de um instrumento musical é elemento e entidade primordial para os fundamentos religiosos do candomblé.

Cada toque, em conjunto com o canto e dança é específico para cada orixá e entidades do candomblé, através dos quais são evocados e celebrados na roda do Xirê. Essas e outras aprendizagens foram transmitidas através da pedagoginga ancestral do Alabê Dito durante os dias de vivência no nosso Ylê D’Erê.

Dito foi iniciado no candomblé aos 4 anos no terreiro tradicional Lira de Iemanjá na cidade de Cachoeira (recôncavo da Bahia), tendo contato com nações do candomblé como Jêje, Nagô e Angola, possui um vasto acervo oral dos cantos, dos toques e das danças. Detentor do saber ancestral, ocupa os cargos de ogan, alabê e axogum.


A celebração do xirê fez a abertura oficial do nosso encontro, evocando e saudando aos orixás.



Durante os três dias de oficina, contando também com a monitoria de Itauan e Wendel, os participantes aprenderam a base dos toques e suas diferentes evoluções, entendendo que para cada orixá existem especificidades.


É uma imensa honra para a Casa do Boneco a participação dessa ilustre figura, Dito, e sua experiência e vivência da espiritualidade, da religião do candomblé. Além de ser um acervo vivo da tradição oral do povo de santo, é um grande mestre que repassou de boa vontade os seus ensinamentos para quem dele soube usufruir.




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