É assistente de diretor de artes e cenografia, nasceu no sul da França, criado em Paris.Conheceu o Brasil há 7 anos quando fazia doutorado sobre a dívida do Brasil, Camarões e Índia.
Sempre viajou com seus pais até poder viajar sozinho, mora no Brasil há 1 ano, no Rio de Janeiro.
Quando Chegou à Bahia se apaixonou pela cultura afro Brasileira passando a trabalhar com o grupo " A Mulherada" e a pesquisar sobre o papel da mulher na cultura afro brasileira.
Conheceu a Casa do Boneco em 2005 na França quando fazíamos nossa turnê no ano do Brasil na França, se interessou pelo trabalho passando a nos visitar uma vez por ano em Itacaré.Desde então vem contribuindo com a Casa fazendo documentários sobre nosso trabalho e seus impactos como: "Uma História de árvore entre outros , o que lhe vem a pergunta: Como que um estado fora da África tenta manter e fortalecer a cultura, sendo que dentro da própria África, nos países em que visitei, não existe isso?
Essa constatação lhe causou um choque, admiração e interesse, o que acabou gerando um direcionamento de alguns de seus documentários como o fórum social mundial.
15/12/2008
Romain Poisson
09/12/2008
TURISMO ÉTNICO AFRO
O 1º MEMORIAL DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA DO INTERIOR DA BAHIA

O memorial Unzó Tombenci Neto foi fundado em novembro de 2006, e fica instalado no Terreiro de Matamba Tombenci Neto. O Memorial constitui-se num núcleo de pesquisa e documentação que abriga um variado acervo de fotografias, documentos históricos, materiais de áudio e vídeo, indumentárias, instrumentos músicais entre outros objetos referentes à religião de matriz africana no município. O Memorial está aberto à visitação pública e propicia acesso à informação de interessados de todo o Brasil e região. O Memorial também recebe visitas programadas de escolas da rede pública e particular, atendendo alunos do primeiro e segundo grau, bem como estudantes universitários , pesquisadores e turistas. Todas as visitas são guiadas por um membro do terreiro especialmente preparado para acompanha os visitantes.
FUNCIONAMENTO
Os horários de funcionamento do memorial e de segunda a sábado das 9:h ás 12:h e das 14:h ás 18:h o valor do ingresso e de R$ 3,00 (três). O Memorial Unzó Tombenci Neto constitui o primeiro centro de preservação da história material e da memória
de matriz africana do sul da Bahia.
COMO CHEGAR
Av.Brasil, 485 - Alto da Conquista, próximo do abrigo São Vicente de Paulo e do Hospital Regional e em frente a sede do Bloco Afro Dilazenze
Tels. (73) 3086-1871/8809-3958
E-mail: matambatombencineto@yahoo.com.br
06/12/2008
Beleza, que beleza? Na favela
05/12/2008
Abdias Nascimento - Memória Negra - um filme documentário estremecedor e emocionante

04/12/2008
TERREIRO DE MATAMBA TOMBENCI NETO LANÇA CDs DE CANTIGAS DE OGUM E XANGÔ DIA 06 DE DEZEMBRO.
Será lançado no dia 06 de dezembro no Terreiro de Matamba Tombenci Neto no alto da conquista em Ilhéus os CDs cantigas de Ogum e cantigas de Xangô. Os CDs foram gravados em Salvador, em Maio de 2008 a convite da Fundação Gregório de Mattos, junto com outros dois terreiros de Salvador, o Ilê Axé Jitoju e o Ilê Axé Alabeji e fará parte da série Trilhas Urbanas, produzida pela própria Fundação Gregório de Mattos, realizada para enfatizar a riqueza deste repertório preservado pelo culto afro-brasileiro, tradição de ancestralidade nas Cantigas dos Orixás, cantadas pelos Terreiros de Candomblé da Cidade do Salvador nas Nações de Angola, Ketu e Jeje, tratando-se, portanto de um registro musical.
Maiores Informações:Marinho Rodrigues tels: (73) 3086-1871/8809-3958/9966-3933 matambatombencineto@yahoo.com.br/gongombira@yahoo.com.br
20/11/2008
II Marcha Zumbi Vive em Itacaré













aonde o negro apanhou
o negro canta deita e rola
na senzala do senhor
o negro hoje quer escola
quer estudar pra ser doutor
canta aí negro nagô
dança aí negro nagô



é a liberdade


18/11/2008
Atabaque e outros tambores...
Conheçam o site http://afro-latinos.palmares.gov.br/ , em destaque, tese de mestrado de GABRIEL GONZAGA BINA: A CONTRIBUIÇÃO DO ATABAQUE PARA UMA LITURGIA MAIS INCULTURADA EM MEIOS AFRO-BRASILEIROS"
esse estudo estudo que traz várias abordagens sobre músicalidade africana, tambores africanos e nossa história afro brasileira. Segue, pequeno trecho:
Queremos falar da infinidade dos tambores africanos para demonstrar que é inconcebível para o negro deixá-los fora do culto pelo fato de os tambores serem instrumento natural e cultural do africano e conseqüentemente do afro-descendente brasileiro. Trazemos esta dádiva em nosso inconsciente
coletivo, faz parte de nossa memória histórica. (...)
Selecionamos alguns tambores e os descrevemos procurando precisar histórica e geografica. Com isso pretendemos demonstrar que esses tambores
influenciaram completamente os atabaques brasileiros e a música popular brasileira. Percebe-se nitidamente que os atabaques são instrumentos culturais e como tal não podem ficar à margem das manifestações religiosas e culturais do povo afro-descendente brasileiro.
Os instrumentos africanos são quase sempre fabricados artesanalmente, de feitura simples, porém engenhosa. São de cordas, de sopro e de percussão. Entre os de percussão concentraremos nossa pesquisa nos tambores.
Existem também os tambores de madeira que utilizam códigos para transmissão de mensagens. Um deles é o tambor de lingüetas, formado por um tronco de árvore oco em que é feita uma abertura longitudinal que apresenta duas lingüetas, uma macho e outra fêmea, de espessuras diferentes, que permitem emitir sons diversificados.
1. Tambores do rei de Kêto, usados na cerimônia de coroação – Benin;
2. Tambores utilizados em festas profanas. Porto Novo – Benin;
3. Tambores utilizados durante as festas dos Watutsi –Ruanda;
4. Tambores Sato, usados no culto dos mortos da região do rio Uemê –Benin;
5. Tambores Batá, feitos com dois coros; um para as batidas mais fortes e outro para percutir;
Boa parte dos tambores africanos são respeitados como pessoas por sua capacidade de falar uma linguagem determinada e dialogarem entre si. Em Moçambique é muito comum o uso dos tambores no cotidiano do povo. (...)
Mesa Ancestral emociona a nossa CASA!




A Casa na Praça!!!!


12/11/2008
O saber Griot, segundo a cultura Mandingue
Griot / Djeli/ Jali - A enciclopédia viva do Mande
Vamos começar nossos textos a respeito da cultura mandingue, falando de uma das mais importantes (se não a mais importante) funções na cultura Mandingue: o Griot, ou Djéli.

Quem é o Griot?
Os griots caracterizam uma série de funções importantíssimas na cultura Mandingue, como preservação da história e do conhecimento mandingue atrás da via oral, participações por meio de sua habilidade com as palavras em casamentos, funeirais, iniciações, disseminação da história política e social mandingue, mediação (e muitas vezes resolução) de relações pessoais de diversos tipos. É muito conhecido principalmente por contar histórias, cantando e tocando, ou só por canto. Tem extremo conhecimento musical. Faz parte de uma classificação de profissões muito importantes na cultura mandingue, como os Garanke (que trabalham com couro), os Numu (ferreiros) e os Fune ou Fina (religiosos especializados no alcorão). Uma das grandes habilidades de um griot diz respeito também à genealogia, de eles mesmos, e de famílias da aldeia.
A formação de um griot é realizada de forma hereditária, onde um griot é formado após anos e anos de estudo oral. A família que mais mantém a tradição griot é a família KOYATÉ, cujo primeiro griot foi BALLA FASEKE KOUYATÉ, o griot guardião do balafon de Soumauro Kante.Possui uma memória de poder imensurável, e são verdadeiras "enciclopédias ambulantes". Também existem mulheres griots, chamadas de Djelimusso, que possuem a enorme habilidade do canto e também recitam.

A música de um griot é feita na forma de canto, ou de discurso, onde se fala sobre genealogias, sabedoria em geral ou história mandingue. Os Griots tocam vários instrumentos, mas geralmente são vistos em suas performances tocando balafon, kora, ou ngoni.


BALAFON


KARIGNAN
Atualmente, os griots saíram de sua região e estão em diversos lugares do mundo, cumprindo sua missão. Em festivais de música, faculdades, ou em quaisquer lugares nos quais sua presença e suas palavras forem solicitadas. A cultura griot adentrou também a música popular, onde sua "forma musical" é usada por artistas contemporâneos, como o excepcional guitarrista Ali Farka Toure. O Griot é uma figura respeitadíssima na cultura mandingue, com sua sabedoria milenar, passada através dos tempos, onde "a palavra possui respiração".
Para conhecer melhor o termo mandingue:
O Mandingue é um dos ritmos mais animados do Guiné (vizinho de Guiné-Bissau), que tem como isntrumentos básicos o Djembê (tambor) e o Korá. As canções do Mandingue, ou Mandinka, são interpretadas em francês e nos dialetos malinké, peulh, soussou e retratam o cotidiano da juventude africana, suas tristezas e alegrias. O ritmo faz parte de uma história centenária, onde o kora, o principal instrumento é ensinado às crianças ainda muito pequenas que devem seguir os costumes e tradições do mandingue por toda a vida. O termo mandingue vem do nome de um grupo étnico de alguns países da África Ocidental. Esse grupo também recebe o nome de Mandinka, assim como sua língua. Atualmente existem mais de três milhões de mandinkas espalhados por diversos países do oeste da África, como Burkina Faso, Costa de Marfim, Gambia, Guiné-Bissau, Guiné, Liberia, Mali, Senegal e Serra Leoa. Diferentemente da raça mandigue, a música mandingue não se expandiu à todos esses países, ficando quase que exclusivamente como uma tradição somente no Guiné.
Nossas referencias negras...
SOLANO: O VENTO FORTE DA ÁFRICA
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Nascido em Recife, no dia 24 de julho de 1908, Solano Trindade ajudou a fundar a Frente Negra Pernambucana, em 1936, que posteriormente daria origem ao Centro de Cultura Afro-brasileiro. A primeira publicação do coletivo trazia o pensamento de Solano a respeito da urgência de se organizar os intelectuais negros: “Não faremos lutas de raça. Porém, ensinaremos aos nossos irmãos negros que não há raça superior nem inferior, e o que faz distinguir uns dos outros é o desenvolvimento cultural”.
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Solano atuou em várias frentes artísticas, mas destacou-se como teatrólogo e poeta. A fase mais intensa de sua carreira aconteceu em Embu, município paulista que conheceu durante a apresentação de uma peça de teatro. Encantado pelo clima e pelas pessoas da cidade, mudou-se para lá e desenvolveu trabalhos dos mais variados. Dentre os livros mais importantes que escreveu nesse período estão Poemas de uma vida simples e Cantares do meu povo – ambos de poesia. Tem Gente com Fome, seu poema mais conhecido, foi censurado na época da ditadura e rendeu-lhe uma temporada na prisão.
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Roger Bastide, que não chegou a conhecer Solano, fez um interessante estudo sobre a poesia afro-brasileira e concluiu que a poesia negra, até então, havia sido escrita apenas por poetas brancos como Raul Bopp e Jorge de Lima. Solano Trindade foi o primeiro poeta negro a trazer para a nossa literatura um componente essencial de sua etnia: o anseio de liberdade latente em sua ancestralidade. Em sua obra, a escolha dos temas está voltada para a realidade das minorias marginalizadas e para a evocação das tradições populares dos negros no Brasil. Apesar de manter uma postura crítica quase permanente, a poesia de Solano é docemente ingênua, ritmada, lúdica, sentimental e – detalhe importante – plena de humor, uma marca tão forte e constante de nossa cultura.
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Pode-se dizer que Solano Trindade foi um dos responsáveis por acender o estopim do orgulho negro em sua geração e nas posteriores. Carlos Drummond de Andrade o considerava “um genial poeta”. Darcy Ribeiro dizia que Solano era um dos brasileiros mais importantes do século 20. Ele próprio se definia assim: “Sou blues, swing, samba, frevo, macumba e jongo; ritmos de angústia e de protesto, para ferir os ouvidos”. Em 1976, a Vai-Vai desfilou no Carnaval de São Paulo com um enredo em sua homenagem. Os versos de Geraldo Filme ainda ecoam: "Canta meu povo/ está na rua o saudoso poeta/ a noite é sua".
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É um mito dizer que o poeta morreu como indigente, abandonado no leito de um hospital público. Em uma entrevista que fiz com sua filha Raquel Trindade, em 2002, ela assegurou que o pai foi bem cuidado pela família e pelos médicos que o atenderam. Mas, apesar de toda sua grandeza na cultura nacional, Solano (cujo significado do nome, em latim, é “vento forte do levante”) morreu esquecido pelo poder público, pelos intelectuais e pela classe artística. Foi enterrado sem pompas, em 1974, no Rio de Janeiro.
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Hino à Negritude
I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, horoi, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da MãeÁfrica
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.
Autor: Eduardo de Oliveira (letra e música)
Esse Hino é resultado de Projeto de Lei 2.445/07 do deputado Vicentinho (PT-SP), aprovado pela Comissão de Educação e Cultura aprovado em 15 de outubro de 2008, que oficializa o Hino à Negritude, do poeta e professor Eduardo de Oliveira, em todo o território nacional.
11/11/2008
Encerramento do Primeiro Curso Básico de Corte e Costura: uma festa de pretos e pretas!!!!





Realizado em parceria com o PANGEA, OIKOS, Ministerio do Turismo e Fundação Banco do Brasil, o curso faz parte do ciclo de capacitações que a entidade inseriu em sua missão, para garantia da sustentabilidade comunitária.
Nessa noite, recebemos a comunidade, os alunos da Casa, representantes do PANGEA e da OIKOs, num momento de louvação aos orixás, samba de roda, e muitas homenagens!!!!
A estrela da Noite, como não poderia deixar de ser, D. Nina encantou e emocionou, como professora do curso, sonhadora e incentivadora....
E nas palavras dela: "No próximo ano, queremos celebrar a loja!!!"
É isso mesmo que buscamos, que esses jovens se dediquem e continuem usando o ateliê e que as ações sejam culminantes de uma organização coletiva em prol de um trabalho com identidade, cor e beleza de povo preto!!!!
Axé!
Dia Mundial do Hip-Hop
A Comunicação EPA e a Simples Rap’ortagem desejam a todos os adeptos do hip-hop no mundo: Ilanga elimndandi kuwe! (feliz aniversário em zulu)
05/11/2008
Mostra de vídeos etnico raciais
PROJETO NOVEMBRO NEGRO
MÊS NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra
APRESENTA
1ª- MOSTRA DE VÍDEOS ÉTNICO RACIAIS DE ILHÉUS
DE 13 A 14 de Novembro
Horários: Manhã apartir dás de 9:00h..
A tarde ás 14:00h..
A noite ás 19:00h..
LOCAL: TERREIRO DE MATAMBA TOMBENCI NETO
Av. Brasil, 485 Alto da Conquista
Entrada Gratuita
Eventos paralelos
* Exposição Fotográfica
* Praça de Alimentação
* Apresentações Artística
REALIZAÇÃO:
GONGOMBIRA- DILAZENZE
E TERREIRO TOMBENCI NETO
29/10/2008
Afro Blogs!!!
Vale a pena ir lá:
http://afroblogs.blogspot.com/
28/10/2008
Ser negro...
Não seja escudo para os covardes,
Que habitam na senzala do silêncio,
Porque nascer negro É conseqüência...
Ser negro...
É consciência!!!"
Sergio Vaz
27/10/2008
Quadro Negro - Jorge Hilton

"Acordei de um longo sono, a intensa luz quase me cega
É preciso revelar o que se nega
Se a vida é uma escola toda escola tem seu quadro
Quadro negro, formato quadrado
Nele reescrevo a minha história, faço um diário
Na minha lista negra só tem revolucionário
Marias guerreiras das periferias você tem que ver
Os guerreiros do passado e os atuais do MST
Os homossexuais que resistem com dignidade
Crioulos e indígenas que adentram as faculdades
Se o escuro é feio minha poesia é imunda
Das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda
E por falar em água, me vem na lembrança
O quadro negro na verdade tem a cor da esperança
Que caia um temporal sem pedir licença
E faça desabar essas velhas crenças
Visões estúpidas, espalhadas pelo mundo
Que associou a cor preta a tudo que é imundo
O negro discrimina o próprio negro sim
Se aquele que apontas como negro não se acha assim
Cresceu aprendendo que ser negro é feio
Se é tudo de ruim quem é que quer andar no meio?
Quem escreveu a história do negro nesse país?
Basta ver a cor do giz
Os Reis Faraós do Egito hoje mumificados
Se tirassem suas faixas pudessem ser ressuscitados
Saberia dizer a cor da pele deles sem engano?
Quer uma pista: Egito é um país africano
Não adianta sabermos que não existe raça
Se o conceito predomina e representa ameaça
O hip-hop não nega a mestiçagem, porém
Sabe que ela não trouxe igualdade pra ninguém
Tá vendo o que a herança racista ofereceu?
Se existia escravidão entre africanos antes dos europeus
Era com sentido diferente do que se viu
Não eram vendidos, não tinha caráter mercantil
As tribos guerreavam o grupo perdedor assume
Rendição por questão de honra, de costume
Se há uma cor do pecado ela chegou de mansinho
Espalhando discórdia e ambição pelo caminho
Sua ciência e religião assim disseram com toda calma
É inferior! Pode escravizar que não tem alma
A cor da paz cometeu holocausto uadriaos judeus
Barbárie na inquisição em nome de Deus
Nas Américas, índios foram dizimados
Mas quem sobreviveu está criando um novo quadro
Se na prova der branco na memória
Vamos denegrir a sua mente com a nossa história
A luz do sol ofusca a visão
E a beleza da lua só é possível com a escuridão"

"Uma coisa é pedir outra é conquistar respeito
O fruto de uma conquista dá-se o nome de direito
Olhe pra minha cor, olhe pra nossa luta
Nem esmola nem favor se desigual é a disputa
Entre quem sempre teve privilégio de estudar
Com ensino de qualidade em escola particular
E querer comparar com ensino público e a situação
Tele-aula, aceleração
Vestibular pra faculdade pública o esquema é raro
Com cotas ou não só entra quem tem preparo
Não serão as cotas que terão o privilégio de inaugurar
A presenças de alunos educados pra manguear
Vestibular das particulares tomou a frente, foi mais ligeiro
Freqüentemente só basta ter dinheiro
Quem concorrer pelas cotas vai se deparar legal
Com uma concorrência enorme mas não desleal
Desleal é a condição que o jovem negro encara
Fusca para ele, Ferrari para os de pele clara
Competirem com as mesmas regras, maldade
É isso que eles chamam de igualdade
Engraçada essa gente da estética
Ter instrução em excesso nunca foi sinal de ética
Será mesmo a suposta elevação intelectual
Que garantirá a formação, de um bom profissional?
Não subestime a inteligência dos excluído desse milênio
A faculdade do crime só tem gênio
A elite é quem decide em âmbito nacional
Se nossa inteligência será usada para o bem ou para o mal
Tanto tempo buscando debate ninguém se importou
A cota de tolerância do meu povo já se esgotou
A Simples Rap´ortagem revela para o Brasil
Com cotas ou não vestibular é funil
Com cotas ou não vestibular é peneira
Quem concorrer pelas cotas mas não for bom vai levar rasteira
Que vença o melhor...chega a ser hilário
A prova é uma só os concorrentes que são vários
Quem se afirmou, como provar se é negro ou não?
De uma vez por toda pra se resolver a questão
O cassetete da PM tem dispositivo de elite
Nunca erra quem é negro, acredite!"
23/10/2008
Cortejo do mês das crianças: CBI leva cultura popular às ruas da cidade!




CO CA DA!
Eu não quero mais vender...
GELADINHOOOOO!
Criança tem que estudar
Pra ter o futuro arrumadinho!!!"
(música popular criada no primeiro cortejo do grupo)



Assim aconteceu... com os Bonecos Gigantes, Pernas de pau, espetáculo de teatro de bonecos, brincadeiras, distribuição de doces e brindes... e um encanto que só quem esteve presente pôde sentir!!!
Essas ações também fazem parte de nossa concepção que a comunidade precisa em primeiro lugar receber gratuitamente benefícios como esse, que se trata do direito ao lazer, à diversão, à arte!
"Não podemos, não queremos e não vamos, nos vender, nos render, não vamos nos tornar produto de consumo diante desse turismo capitalista selvagem, nossa bandeira é o turismo de base comunitária e nossa prioridade por tanto, são os nativos!"


