30/09/2015

OFICINAS OFERECIDAS no XIV Caruru de Ibeji e as Pedagogingas

Saiba mais sobre as oficinas que serão realizadas no XIV Caruru de Ibeji e as Pedagogingas.



- INICIAÇÃO À LÍNGUA KIBUNDO, com: Taata Muanzakiazenji
Taata Muanzakiazenji, zelador do Un’zo Muanza Kalamugunzu Maza (Casa das Águas- Feira de Santana) ministrará oficina de iniciação à língua Kibundo que terá como objetivo oferecer aos participantes uma viagem breve pelo conjunto de línguas e signos linguísticos que formam o grupo Bantu. Esta oficina explanará não somente os elementos Kibundo pertencentes a integração da língua africana mas também na formação da linguística em nosso país. Um dos objetivos principais é promover esse passeio pela linguagem, apontando nossas africanidades e semelhanças. A oficina é destinada para pessoas a partir de 13 anos de idade.






- BONECOS GIGANTES, com: Casa do Boneco de Itacaré
A Casa do Boneco trabalha a quase três décadas em Itacaré e território Sul da Bahia realizando ações de empoderamento negro infanto-juvenil, sendo o teatro de bonecos uma das suas principais práticas. Na oficina de bonecos gigantes os participantes aprenderão na prática como é trabalhada a confecção e manipulação desses bonecos, com sucata e espuma, trazendo também a conscientização ambiental através da utilização de materiais reciclados que ganham vida, ao invés de serem descartados. O público é destinado para pessoas à partir de 13 anos.




- CONFECÇÃO DE TAMBORES PARA CRIANÇAS, com: Tambores Oraniã
Nessa oficina as crianças participantes aprenderão a confeccionar os próprios tambores de maneira bioartesanal, utilizando de matéria-prima como o bambu, couro e manuseando outros instrumentos e ferramentas próprias dessa prática, além de ter contato com a explanação sobre a historiografia do que será confeccionado. A atividade será ministrada por Hugo Xoroquê e Gominho Neves, jovens monitores da Casa do Boneco e idealizadores da marca-escola Tambores Oraniã de instrumentos percussivos bioartesanais.










- RAP (Ritmo e Poesia), com: Yogi Nkrumah
A oficina de Rap (ritmo e poesia) será ministrada por Yogi Nkrumah militante do movimento HIP-HOP, envolvido no processo de transformação e revolução de populações que historicamente se encontram em situação de vulnerabilidade social. A oficina vai promover um breve diálogo sobre o Hip Hop, os movimentos precursores do movimento, o rap como instrumento de combate as opressões, e outras atividades dentro desse cenário.










- PERNA DE PAU, com: Márcio Bob
A oficina apresenta uma proposta de trabalho para a perna de pau como uma modalidade das artes circenses que possibilita ver o mundo sob outra perspectiva.  Nesse misto de arte e brincadeira, os praticantes serão convidados à aprender se equilibrar e se locomover nas pernas de pau. Essa atividade será ministrada por Márcio Bob, vice-presidente do Centro Cultural Escologia (Salvador), onde dá aulas de perna de pau e esportes.









- GRAFFITI, com: Chermie 
A oficina de graffiti será ministrada por Chermie Graffiteira, militante das áreas com temáticas raciais e de gênero, também produtora cultural. O objetivo da oficina de grafitti é de proporcionar às crianças a vivência da arte do grafite na prática, estimulando a criatividade e participação coletiva, elevando a auto-estima e empoderando-as para manutenção da cultura afro-brasileira, além da discussão de gênero pautada através dessa arte.








- BREAKDANCE, com: Grupo ELO
O Grupo ELO nasceu em 2012 da necessidade de jovens mulheres se reafirmarem e serem protagonistas daquilo que já vinham fazendo a anos pela cultura Hip Hop. Jovens militantes e atuantes da cultura, resolveram se unir em torno do Elemento RAP e solidificar ações de fortalecimento e combate ao machismo, ao racismo e todo tipo de discriminação. A oficina será de iniciação ao breakdance, onde além dos movimentos da dança, ritmos e coreografias também serão discutidas questões históricas sobre o Hip Hop.

- OFICINAS DE CANTO E DE TEATRO, com: Mariana Bittencour
Mariana Bittencour, cantora, atriz, arte-educadora, professora de sociologia da rede estadual, e colaboradora da Casa do Boneco traz no ano 2015 duas pedagogingas, voltadas para o canto e para o teatro. 
‘‘Conta para todo canto’’, utiliza das referências de matriz africana no cancioneiro popular para construir as noções básicas de introdução ao canto, noções básicas de respiração, de alongamento, de aquecimento e relaxamento vocal, bem como de extensão vocal. 
‘‘Os ventrículos não cabem mais’’ é uma oficina de teatro voltada voltada para a introdução do teatro na qual se utilizará dos jogos teatrais dos atores e não atores no sentido de reconstruir uma noção sobre as relações de opressão e que se utilizará de objetos cênicos como os bonecos para intermediar os jogos. Trazendo noções de introdução ao teatro, exercícios de foco, concentração, expressão corporal, teatro imagem, teatro fórum, teatro invisível.
A oficina de teatro acontece na quinta-feira e a de canto na sexta, ambas abertas para qualquer idade.

- CONFECÇÃO DE ABAYOMI, com Adriana Kanaombo
Adriana Kanaombo é bonequeira, oficineira e estudante de Pedagogia. Junto com a sua irmã Patrícia Silva possui uma linha de produção de bonec@s negr@s de pano que contribuem com a formação da identidade ancestral das crianças e devolve aos adultos o direito que lhes foi roubado na infância de poder se ver nos seus bonecos e bonecas. Durante a oficina os participantes aprenderão a fazer a Abayomi, boneca africana feita com retalhos de pano e se tornarão multiplicadores desse aprendizado.

- EDIÇÃO DE ÁUDIO, com: Coletivo Amnésia
A oficina de Edição de Áudio será aplicada por Sérgio Melo, Ronaldo Eli e José Balbino, membros do Coletivo Amnésia de rádios livres. A ideia principal é introduzir conhecimentos e conteúdos básicos da utilização de software livre na produção de peças de áudio em diversos formatos. Os participantes serão convidados a conhecer alguns softwares de edição e terão como exercício prático a construção de spots e vinhetas sobre o caruru, a Casa do Boneco e temas diversos. Posteriormente haverá uma integração com a equipe de comunicação, atuando no funcionamento direto da rádio Indaka Obá e realizando entrevistas externas, com o objetivo final de produzir um programa colaborativo com tema a ser definido entre oficineiros e participantes. 


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