22/09/2009

OSÙ DÙDÚ: O novembro Negro de Itacaré!


Programação do Mês da Consciência Negra da Casa do Boneco de Itacaré

Encontro mutuê Ngangu
06 de novembro
atividade cultural 20h
Palestra de abertura – “redes de solidariedade, coletividade afro e parcerias - o fortalecimento da população negra em debate” – Sayonara Malta - historiadora 21:30

07 de novembro – Painéis temáticos: 8 às 10h – “mulher negra e o homem negro: ascensão, politização e respeitabilidade nas trajetórias” gil nagô – Movimento hip hop / rede mocambos piauí
10 às 12h – “A tecnologia para pretos e pretas – onde e como?” Mestre Banto palmarino – Rede Mocambos Pará
13 às 15h – Revisão histórica em defesa de uma identidade africana a partir de elementos do candomblé– Gilmário Rodrigues – Terreiro de matamba Tombenci neto - Ilhéus Ba

debates 17 às 18:30 – Encerramento considerações finais/ atividades culturais

Oficinas abertas à comunidade

Dia 09 de novembro – Manhã – 8 às 12h Software livre e a apropriações da população Negra – Mestre Banto

Tarde - 14 às 18h - Tambores africanos – Mestre Tooli e jorge Rasta

Noite – 18 às 22h – Gênero – problematização do “natural” cotidiano nas relações de opressão homens X mulheres. GIL NAGÔ Dia 10 de novembro

Dia 15 de novembro
Remada Quilombola – encontro entre remadores e canoeiros saída do forte à fazenda modelo quilombo d’oiti / integração,sorteios, celebrações afro

19 De novembro
III Marcha Zumbi Vive

Out./ novembro - Oficinas nas escolas em metodologia de ensino para aplicação das leis 10639 e 11645

16/09/2009

Ciclo de Estudos e Debates - Turismo de Base comunitária!!!!


A Casa do Boneco dá continuidade ao ciclo de qualificação em Turismo de Base Comunitária através de um ciclo de estudos e debates, ao todo serão 5 encontros até dezembro.
Além do entendimento conceitual de TBC, o ciclo irá problematizar o turismo local e suas complexidades sociais e colaborar na construção do Fórum de Turismo de Base Comunitária.

Ao Final do Ciclo acontecerá a inauguração da Fazenda Modelo Quilombo D'Oiti com Seminário de Encerramento e entrega de certificados!

Casa do boneco em Encontro de Experiências Quilombolas Itacaré Maraú



Obras da Fazenda Modelo - reaproveitamento de garrafas!


15/09/2009

Desenvolvimento e Racismo para pensar o BRASIL

A tarde da última segunda feira, dia 14, durante do I Seminário de educação e Multiculturalismo na UESC, foi abrilhantada pelo debate com Mário Theodoro, Diretor de Cooperação e Desenvolvimento do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Abaixo, um resumo das idéias apresentadas pelo ilustre palestrante.

“A população negra sempre está em pior condições, independente das variáveis. Isso desenha um problema: grupos distintos estão sendo contemplados pela atuação do governo. Como pensar desenvolvimento sócio econômico num país com essa dimensão de desigualdade, Onde há crescimento sem distribuição de renda? É um tipo de “Modernização sem mudança”, uma economia consegue crescer bastante e continuar reproduzindo pobreza e miserabilidade. Isso dá ao país a capacidade de naturalizar o ambiente de pobreza, essa capacidade está na mesma proporção da capacidade de gerar riqueza e pobreza ao mesmo tempo. Um tema importante e central disso é o Racismo. O discurso de todos os partidos políticos e programas de governo discutem e tratam do desenvolvimento, essa palavra é central, quando o central deveria ser o RACISMO, tema que acaba se tornando elemento secundário e destinado a ou outro ministério.É o racismo brasileiro a ideologia que naturaliza a desigualdade e coloca a seguinte disposição: para uns existem vários limites e barreiras, para outros, tudo é possível e viável. A desigualdade que ocorre aqui no país, não é uma desigualdade de incluídos e excluídos, todos conseguem ser incluídos nesse sistema, mas uma inclusão perversa, por exemplo, o Brasil é campeão mundial de reciclagem , mas esse índice é gerado a partir da inclusão perversa de milhares de catadores e catadoras de latinhas , crianças, mulheres e homens que trabalham de dia, noite e madrugada nas festas e carnavais, para fazer o país um campeão em reciclagem. Então a população se inclui sim nesse processo, mas é uma inclusão perversa. Enquanto tivermos na rua pessoas pra fazer qualquer coisa a qualquer preço, não teremos desenvolvimento e teremos uma sociedade que continua reproduzindo desigualdade, mas quando a classe média estará disposta ou a pagar o devido a esses serviços como os domésticos ou terá que fazer esse serviço. Um outro exemplo de como se daria essa equiparação, não haveria mais um trabalhador na rua engraxando sapatos, haveria uma empresa em que esse engraxate teria um salário digno e carteira assinada para engrachar os sapatos. O desenvolvimento fica entendido como sonho impossível, um nirvana que nunca se alcança, todos os discursos políticos falam desse assunto de desenvolvimento, mas o Estado Brasileiro não vai conseguir isso sem fazer o dever de casa da equidade e da distribuição de renda. Enquanto a Classe Média luta para ter um salário de mais de 3000 reais, por que esse salário é pouco, essa mesma classe acha absurdo pagar 600 reais para a doméstica. Equalizar renda então passa pela questão racial, sem isso, é achar que 600 é mais que 3000. O país não fez o seu dever de casa e deixou a desejar quando instituiu a Lei de Terras em 1850, e quando a abolição substituiu a mão de obra negra pela mão de obra do imigrante, nesses momentos históricos, o país deixou de fazer seu dever e cumprir com seu papel, foram 2 graves erros históricos. Enquanto não colocarmos a questão racial como principal do país, não resolveremos a questão do desenvolvimento. Quando há um esforço do Estado em garantir algum tipo de reparação a Classe Média brada e nos faz acusações de toda ordem, a começar pelo sistema de cotas. O sistema de cotas é tido como um outro tipo de discriminação, mas é uma discriminação sim, todo tipo de política você faz um tipo de discriminação de um público que é atendido e outro que não é atendido. Mas o alarde maior acontece no âmbito das questões raciais, por exemplo, o país por muitos anos manteve um sistema de cotas na universidade para os filhos de fazendeiros e isso nunca foi um motivo de contestação, problema ou alarde na dimensão que é a cota para negros. E olhe que cota é pro negro que consegue concluir o ensino médio, porque a grande maioria pára de estudar com 12 anos para trabalhar. E não se trata necessariamente de mudar de sistema, de tentar acabar com o capitalismo e colocar o socialismo, mas o capitalismo pode ser mais justo do que isso que acontece aqui no país, isso aqui é um absurdo, o Brasil por exemplo é o único país do mundo que tem elevador de serviços, mas não é um elevador de serviços, é um elevador de serviçais. Então o país precisa lutar para que 600 não seja mais que 3000...”

fonte: www.florestaquilombola.org.br

05/09/2009





em cada criança... um África....

Mês de agosto!

Nosso agosto foi realmente negro e intenso, não tivemos nem tempo para fazer a manutenção do nosso blog, mas segue abaixo as principais atividades que aconteceram nesse mês com a Casa.

Capacitação SICONV

A Casa do Boneco participou nos dias 27 e 28 de agosto da capacitação SICONV realizada pelo IESB emparceria com o governo federal. A entidade já domina as primeiras etapas do processo e se coloca à disposição das entidades locais para colaborar na inserção de outras entidades no portal.

O SICONV é um sistema de convenios do governo federal obrigatório a todas as entidades que desejem conveniar.

Planejamento Fazenda Modelo Quilombo D'Oiti



Num final de semana intenso, reunidos no Ecolvilage Piracanga, o "Comando Negro", grupo de coordenação da entidade, debruçou-se nos assuntos de planejamento do Quilombo, elaborando o plano de ações para os próximos 3 meses, com intuito de qualificar a atuação para a inauguração da fazenda em Dezembro.
Gabriel Loomans - grande parceiro e apoiador
O "Comando" em debate
Celebração e energização
Obrigado aos orixás!


De volta Na Casa, o Comando Negro se amplia, cerca de 40 membros debatem o documento produzido no Piracanga, dividem as brigadas e articulam suas ações... o ritmo até o final do ano já é intenso!

Escola Maria Benjamina e Casa do Boneco promovem semana do estudante.

Diversas oficinas culturais foram promovidas pela Casa a 660 estudantes do Maria Benjamina na semana do estudante. Divididos em grupos de 110 pessoas, acompanhados por professores, os grupos visitaram a Casa aprendendo com arte e cultura um outro tipo de saber.

O resultado foi integração, felicidade e prazer na vivencia da cultura afro e popular!!!








04/09/2009

Jorge Rasta nos 21 anos da Fundação Palmares


Jorge e Breno - um caso de amor a parte...

Confecção de Instrumentos



Destaque

Nosso guerreiro DESICA treinando seus conhecimentos e reiniciando a produção de instrumentos da Casa do Boneco!

A Casa recebe o Terreiro!

Depois de termos ido ao Terreiro, foi a vez da Casa receber em grande estilo a honra da presença dessees lutadores e lutadoras da causa afro!

Foram 2 dias intensos que escureceu completamente o nosso mês de agosto! Foi um dia na Casa c om programação de estudos, debates, oficinas culturais e show para crianças, jovens e adultos . O outro dia foi no Quilombo, com celebração aos orixás, trilha e laser!

Nossos laços se estreitaram e nossa força de luta renovada! agardecemos a toda equipe de apoio da Casa e todos do Terreiro por tão nobre parceria!